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segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Pais ameaçam retirar filhos da escola




   

Foto:  Raynere Ferreira
Inaier Santos Brandão é pai de aluno da escola João Vilhena

Os pais de alunos da escola estadual João Vilhena, localizada na Vila Vilhena, no Município de Bonfim, ameaçam retirar os filhos da escola, caso a atual gestora permaneça no cargo. Eles afirmam que a gestora teria  perseguido servidores, ameaçado alunos e selecionado quem pode ter acesso à sala de informática.

Inaier Santos Brandão, que tem dois filhos estudando na escola, disse que o problema com a gestora vem se arrastando há vários meses. Ele conta que em março foi solicitada a saída da diretora e apresentado na Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Desporto (Secd), um relatório sobre as falhas na administração da escola.

Segundo Inaier, a escola ficou sem alguns professores e a gestora teria colocado os alunos estagiários para assumir as turmas. “Ela mandou ainda um dos vigias dar aula de educação física, mas ele recusou e, por isso, ficou mal visto por ela”, afirma o pai.

Os alunos que reclamaram da atuação da gestora passaram a ser perseguidos, entre eles, um dos filhos de Inaier, que era estagiário na sala de informática e teria sido transferido para a biblioteca.

A sala de informática é outro problema, segundo os pais dos alunos da escola João Vilhena. Inaier conta que a gestora seleciona quem tem acesso ou não à sala e que quando viaja, a gestora tranca a sala e leva a chave consigo. “Ela não pode fazer isso, pois os alunos e a comunidade precisam usar essa sala, pois foi para isso que ela foi montada. Ela não pode dispor de um patrimônio público como se fosse sua propriedade particular”, questiona o pai.

A gestora, segundo Inaier, estaria ameaçando também os professores e outros servidores da escola. “Tem uma professora que ofereceram uma sala de aula para ela garantir que seu esposo e os demais pais não denunciassem a gestora e caso ela não conseguisse fazer com eles ficassem calados, voltaria para a biblioteca e perderia a Gratificação de Incentivo à Docência (GID), no valor de R$ 640,00, e que só é paga para professores em sala de aula”, denuncia. 

Ele conta ainda que em reunião na Secd antes do recesso escolar, a chefe do Departamento de Ensino do Interior, Fátima Farias, teria garantido que a gestora seria afastada, mas que agora, os pais ficaram sabendo que o acordo não foi cumprido e que ela permanece no cargo.

“As aulas reiniciam amanhã [hoje] e caso a gestora continue na função, estamos decididos a retirar nossos filhos da escola e não nos submetermos mais a essa humilhação que temos passado ali naquela escola. Queremos uma posição da secretária de Educação, Ilma Xaud, e do governador, José de Anchieta, que tem conhecimento desse caso e que já teria nos prometido a saída dessa gestora, mas até agora nada foi feito”, ressalta Inaier.